A Energisa venceu o leilão de privatização da ES Gás. A empresa apresentou uma proposta de R$ 1,423 bilhão por 100% da distribuidora capixaba de gás canalizado — com ágio de 7,28% em relação à outorga mínima de R$ 1,326 bilhão.
Com forte presença nos segmentos de distribuição e transmissão de energia elétrica, a vencedora estreia no mercado de distribuição de gás natural. Desbancou a concorrência da GR RJ 010 Empreendimentos e Participações (R$ 1,419 bihão), em lances viva-voz.
No leilão, o Espírito Santo vendeu sua fatia de 51% do capital votante da ES Gás e a Vibra Energia (ex-BR Distribuidora) os outros 49%.
A desestatização da concessionária previa a venda conjunta das ações de ambas as partes, num lote único. Foram, ao todo, 493 milhões de ações ordinárias e 142 milhões de ações preferenciais.
A previsão é que a homologação do resultado do leilão ocorra em maio e que a concorrência seja liquidada e o contrato seja assinado em agosto.
ES GÁS É A 3ª DISTRIBUIDORA PRIVATIZADA EM DOIS ANOS
A privatização da ES Gás estava prevista, inicialmente, para 2022, mas o calendário eleitoral atrasou o processo.
Com a reeleição do governador Renato Casagrande (PSB), a desestatização foi rapidamente retomada no início do novo mandato.
A venda da concessionária capixaba ocorre num contexto de abertura do mercado de distribuição e se segue à privatização da Sulgás, no fim de 2021, e à venda do controle da Gaspetro — ambos os ativos adquiridos pela Compass.
Com a compra da Gaspetro, a empresa do grupo Cosan passou, automaticamente, a controlar também a GasBrasiliano.
A Compass controla, hoje, portanto, três distribuidoras estaduais: a Comgás (SP), a GasBrasiliano (SP) e Sulgás (RS).
É o principal agente do setor, que, além do grupo Cosan, só possui outro controlador privado: a Naturgy (CEG, CEG Rio e Gás Natural São Paulo Sul).
Mitsui e Termogás, por sua vez, são sócios não controladores em suas concessões.
Fonte: Epbr